(Jundiaí, 20/8/1927 +São Paulo, 2/12/2012) – Pesquisador da linguagem (escrita e visual) e um dos poetas responsáveis pelo surgimento do movimento concretista no Brasil. Depois de passar a infância e a juventude em Jundiaí, aonde conviveu com os intelectuais de sua época, Décio Pignatari cursou a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde se formou em 1951. Aos 23 anos, publicou o livro O Carrossel, com o qual inaugurou um novo gênero literário no País: o dos poemas de imagens semânticas. A ruptura com o verso e a subjetividade lírica. Pouco depois (1952), juntamente com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, lançou a antologia vanguardista Noigandres, propondo a ruptura com o verso e a subjetividade lírica. Esta publicação é tida como marco do movimento concretista no Brasil. Depois de uma temporada na Europa, Pignatari retornou ao Brasil e passou a trabalhar como publicitário (são dele algumas marcas famosas hoje no mercado, como Lubrax) e professor. Seus interesses na criação visual levaram-no a fundar, com outros artistas da área, a Associação Brasileira de Desenho Industrial. Em 1957, editou o livro-poema Life, e em 1977, Poesia, pois é poesia. Como pensador da cultura, Pignatari dedica-se exclusivamente à poética de vanguarda. Tem livros publicados sobre semiótica (Semiótica e literatura, 1974) e comunicação de massa (Signagem da televisão, 1984) e centenas de colaborações em jornais e revistas, além de dividir com Humberto e Haroldo de Campos a autoria da obra Teoria da poesia concreta, de larga repercussão em todo o País.