(Piracicaba-SP, 3/4/1886 +Jundiaí) – Poeta, jornalista, sociólogo, fotógrafo e dramaturgo. Filho de Theolinda Cereda e do professor e poliglota Arsênio Pessolano. Passou a infância em São José do Rio Pardo-SP, onde estudou na escola da Sociedade Italiana de Mútuo Socorro XX de Setembro e conheceu o célebre engenheiro e autor de Os Sertões, Euclides da Cunha, de quem foi, muitas vezes, garoto de recados aos reconstrutores de uma ponte metálica sobre o leito do Rio Pardo. No dia 1º de dezembro de 1906, empregou-se a serviço da São Paulo Railway Company, na qual exerceu as mais diversas funções, desde simples trabalhador nas turmas de con-serveiros da linha férrea, a agente da estação de Campo Largo e encarregado efetivo do escritório dos armazéns reguladores do café, em Campo Limpo. Em 1909, com 23 anos, casou-se com Theresa de Oliveira, que lhe deu seis filhos, mas deixou-o viúvo em 1926. Dois anos depois, casou-se, com Duzolina Bocanera, tendo com ela, três filhos. Paralelamente ao trabalho na ferrovia, onde aposentou-se em 7 de outubro de 1949, Francisco Pessolano teve uma atuação marcante junto à comunidade, como poeta, jornalista, sociólogo, fotógrafo e dramaturgo. De 1936 a 1938, criou e dirigiu o corpo cênico do Clube S.P.R., tendo sucesso em apresentações de peças dramáticas, comédias e atos variados – muitos de sua própria autoria e também de colaboradores como Lázaro de Almeida (Arquimedes) e Roque de Barros. De 1939 a 1941, presidiu o movimento do Círculo Operário Jundiaiense, fundado pelo Padre Octávio de Sá Gurgel, próximo à igreja da paróquia da Vila Arens. Sua atuação junto à comunidade local e da região levou-o a ingressar na política, vindo a ser eleito vereador em Jundiaí em 1948 e, posteriormente, em Franco da Rocha-SP (1956), cidade onde editou A Vanguarda, um periódico voltado para cultura popular. Sua obra é vasta, em prosa e verso, mas ainda inédita. Francisco Pessolano tem um monumento com seu nome na Praça 23 de Maio, no bairro do Vianelo.