(Jundiaí, 5/7/1929 +27/7/2013) – Cronista literária e de MPB. A paixão pelos livros, herdada de seu pai, o professor Joaquim Candelário de Freitas, e o tempo em que morou no Rio, coincidente com o surgimento da bossa-nova, contribuíram para que Célia de Freitas se tornasse apreciada cronista de assuntos relacionados à literatura e à MPB. Este valor lhe foi reconhecido nos anos 70, quando colaborou no Jornal de 2ª Feira, escrevendo sobre os discos e livros que acabavam de chegar ao mercado. Antes, em 1968, Célia tivera participação em uma campanha idealizada pelo jornalista Celso de Paula, na qual foram arrecadados milhares de livros para uma feira de trocas que funcionou num casarão antigo, ao lado da Esplanada Monte Castelo, onde está hoje a Câmara Municipal. Entre 1983 e 1985, esteve envolvida em outros dois projetos do mesmo jornalista, um dos quais permitiu a formação de uma biblioteca alternativa anexa à Editora Literarte (sediada, nessa época, na Rua 15 de Novembro) e o outro, visando a criação de uma fonoteca municipal, a partir de uma campanha em que foram arrecadados, junto à comunidade, centenas de LPs e discos de 78 rotações. Os discos em questão foram repassados à Casa da Cultura em 1985, entretanto, não se viu surgir deles a referida fonoteca, idealizada para ser o embrião de um futuro Museu da Imagem e do Som de Jundiaí. Depois dessas campanhas, Célia retirou-se da vida cultural de Jundiaí. Debilitada por problemas crônicos de saúde, recolheu-se a uma casa de repouso para idosos, ali passando a viver somente dessas recordações, até falecer.
