(São Sebastião-SP +Jundiaí, 1897) – Professor, formado pela primeira Escola Normal de São Paulo, Sebastião Henrique da Silva Pontes foi tenente da Guarda Nacional, primeiro gerente da fábrica de tecidos São Bento e primeiro intendente municipal de Jundiaí. Indicado logo após o advento da República, Sebastião Pontes governou Jundiaí no período de 17/10/1892 a 18/6/1893. Ao assumir a Intendência, viu-se logo a braços com o delicado problema da febre amarela, que desde 1889 grassava no município de Campinas e começava também a se alastrar em Jundiaí, onde faria muitas vítimas, inclusive ele próprio. Em sua administração, embora curta, foram tomadas diversas providências para prevenir e dar combate à epidemia, a começar pela criação do Posto de Desinfecção, que, ato contínuo, face à gravidade da situação, foi substituído pelo Hospital de Isolamento – o qual prosseguiu funcionando por quase 50 anos, instalado atrás do Cemitério Municipal. Também, durante a sua gestão, foi viabilizada a implantação, em Jundiaí, do primeiro núcleo de imigrantes italianos, que deu origem ao atual Bairro da Colônia. No setor de obras, foi feito o sarjeteamento das Ruas Siqueira de Moraes e Padroeira – o primeiro serviço dessa natureza de que se tem notícia na história da cidade. No setor de serviços, começou a ser enfrentado o problema do lixo, com a aquisição das primeiras carroças e respectivos animais utilizados na coleta domiciliar. Faleceu precocemente, vitimado pela epidemia de febre amarela que grassou em Jundiaí no final do século XIX. Em sua homenagem, o Poder Público denominou Sebastião Pontes a praça principal do bairro de Vila Arens.