(Jundiaí, 25/9/1907 +19/11/1980) – Ferroviário e projetista de arquitetura. Filho de Antonio Carlos Pereira e Ana Nascimbene Pereira. Estudou, em criança, no Grupo Escolar Conde do Parnaíba, onde foi aluno do professor Anselmo Mazzola, e cursou o ginasial no Colégio Bento Quirino, em Campinas, com aplicação nas disciplinas de Desenho, Matemática e Projetos I. Como, já aos 14 anos, se tornasse escriturário da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, os seus estudos em Campinas tiveram que ser feitos à noite, viajando ele em trens de carga, pois só retornava a Jundiaí de madrugada. Seu grande sonho era tornar-se engenheiro-arquiteto, porém, a sua única opção de estudo nessa área foi a Escola Internacional de Arquitetura da Argentina, em um curso feito por correspondência, não reconhecido no Brasil. Mesmo assim, Francisco Carlos pode aplicar seus conhecimentos em numerosos projetos, principalmente na região central de Jundiaí, incluindo-se, entre estes, o do prédio onde funcionou o Café Cometa, junto à Praça Governador Pedro de Toledo, o qual se preserva até os dias de hoje. Também colaborou com Giácomo Venchiarutti na grande reforma do Cine Theatro Polytheama, em 1927. Também foi membro atuante da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística e do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, e sócio-fundador do Clube Jundiaiense. Foi casado com Elvira Checchinato Pereira com quem teve os filhos Nydia Marina (casada com Eduard Lauterbach), Eduardo (arquiteto, casado com Verônica Sanduvett) e Neyde Carlos Pereira (solteira).
