(Milão, Itália, 14/6/1924 +Jundiaí, 29/6/1999) – Fotógrafo. Lívio Tagliacarne veio para o Brasil em 1952, fixando-se em Jundiaí, onde, paralelamente à atividade como técnico de aparelhos eletrônicos, notabilizou-se por seu profundo conhecimento e amor à fotografia. Além de receber premiações em concursos e salões realizados nos cinco continentes, Lívio teve uma de suas fotos exposta na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e outra em exposição permanente no Museu de Arte Moderna de Nova York-EUA. Em várias oportunidades, Lívio foi o único representante do Brasil em mostras internacionais. Colaborou nos principais jornais e revistas do País e foi apontado, várias vezes, pela crítica especializada, como um dos principais fotógrafos do século XX. A revista Fotoarte, editada no Rio de Janeiro, chegou a considerá-lo como um dos fotógrafos mais realistas do mundo, atribuindo às suas fotos “uma exatidão que os nossos olhos não são capazes de captar no tema”. A revista PSA, editada em Nova York, classificou-o como o segundo fotógrafo do Brasil e um dos 50 mais premiados de todo o mundo. Entre as muitas premiações recebidas por ele em mostras internacionais, figura a da exposição O Homem, a Vida e a Morte – promovida pela revista alemã Stern, em colaboração com 261 museus de 36 países – na qual a sua foto intitulada As Três Cruzes, tirada em São João Del Rey-MG, foi a única classificada de toda América do Sul, valendo-lhe, como prêmio, a importância de US$ 1 mil. Ainda na Europa, Lívio teve duas de suas fotos (A Máscara e Joe) incluídas no 33º RD International Photografhic Salon of Japan, promovido pela All Japan Association of Photografhic Societies e pelo jornal The Asahi Shimbum (o jornal de maior tiragem no mundo, com três milhões de exemplares diários) e realizada em Tóquio, à qual concorreram 3.306 fotógrafos, representando 38 países. Foi ele, também, o único representante do Brasil incluído no 111th Exibition of Photografhy, realizado em Edimburgo, na Escócia. Seus trabalhos tiveram acolhida, ainda, na 15th Sidney International Exibition of Photografy, sendo a foto por ele enviada a única representativa do Brasil a constar do catálogo editado pela Australian Photografy Society; no 9th International Salon of Photografy of the Republic of China; no Mississipi Valey Salon (duas fotos classificadas); no Cine-Foto Clube Valparaíso (Chile, duas fotos); no Salão Internacional de Fotografia da Bélgica (Honra ao Mérito pela foto Pensativo); e no IV Torneio Fotográfico Nacional, onde conquistou o 1º lugar, com 311 pontos, superando um universo de 433 concorrentes com o total de 600 fotografias. Lívio Tagliacarne foi destaque, por quatro vezes (1972 e de 1976 a 1978), na seção Quem é Quem da revista The Photografy, publicada em Nova York-EUA, e recebeu no Brasil, entre outras, as seguintes distinções: Menção Honrosa no Salão de São Carlos (1972; foto: Maschera); Menção Honrosa no Salão Internacional do Rio Foto-Arte (1972; foto: Réquiem); Menção Honrosa no Salão de Londrina (1972, foto Ting); Menção Honrosa no Salão Nacional de Volta Redonda (1972; foto: Joe); Menção Honrosa no Salão Indaiel, de Santa Catarina (1972; foto: Réquiem); Menção Honrosa no Salão de Niterói (1972; foto: Sana; 1º lugar no Salão de São Carlos (1975; foto: Caboclo); Menção Honrosa no Salão da Sociedade Belas Artes do Rio de Janeiro (1975; foto: Vecchie Mani); 1º lugar na Bienal de São Paulo de 1979.
