(Rio Claro-SP, 6/4/1905 +21/9/1984) – Desenhista e pintor. Filho de João Batista Murari e Dionísia Ferrari, ambos naturais de Rovigo, Itália. Mudou-se com a família para Jundiaí na década de 20, indo residir no Bairro da Ponte São João, onde seu pai exerceu, por muitos anos, a profissão de marceneiro. Desde o curso primário já demonstrava seu dom artístico para desenhos. Embora incentivado por suas professoras para seguir carreira nessa direção, não pôde realizar estudos mais avançados, dada a falta de recursos de sua família para custeá-los. Por volta de 1926/27, com a vinda para Jundiaí do mestre italiano Arnaldo Mecozzi – contratado para decorar a Matriz de Nossa Senhora do Desterro – João Murari veio receber deste todos os ensinamentos de que necessitava, ao auxiliá-lo nos serviços de pintura artística da igreja. Já por volta de 1948, era João quem, sozinho, encarregava-se da pintura dos interiores da Igreja do Rosário e São Benedito, localizada no Largo Santa Cruz. Depois, em 1954/55, realizava o mesmo trabalho na Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Vila Arens; em 1966, na Igreja de Capivari, e em 1967, na Igreja do Bairro do Corrupira. Paralelamente ao trabalho de pinturas sacras, João Murari foi responsável, durante mais de duas décadas, pela decoração dos salões do Clube Jundiaiense e de outras agremiações, para os festejos carnavalescos, obtendo sempre o primeiro lugar. Também colaborou, por várias décadas, com o Grupo Dramático da Cruzada da Mocidade Católica e com o Grupo Guarany de Comédias, criando cenários para as peças que eram encenadas no salão do Mosteiro de São Bento e no teatro anexo às Indústrias Andrade Latorre. Desenvolveu, ainda, atividades como taxidermista, contribuindo com 29 peças para a formação da seção de taxidermia do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, e foi professor de desenho e combinação e associação de cores na escola da professora Glória Rocha.